Encantar. Essa é a palavra do momento no ponto de venda. O conceito de marketing que deve atender necessidades e desejos já não tem sentido. Hoje, a ideia é oferecer ao consumidor experiências divertidas e inesquecíveis, que superem as suas expectativas.
O valor é resultado da experiência vivida pelo cliente no ato da compra. Por exemplo, se o serviço for de má qualidade e os produtos oferecidos estiverem arrumados nas prateleiras como em qualquer outra loja, a maioria dos consumidores vai procurar pelo preço mais baixo, pois não haveria razão para pagar mais pelo mesmo artigo.
Nos EUA, a rede de café Starbucks fez o “produto café”, até então uma simples mercadoria, virar um artigo de moda. O diferencial está justamente na loja, pois permite ao cliente tomar um café de qualidade, num ambiente arejado e confortável, com atendimento personalizado, visando estabelecer uma experiência inesquecível, sempre com o objetivo de fidelizar o relacionamento. Conceito este sendo levado por esta marca ao mundo.
O intuito é fazer com que um simples comprador se torne um cliente absolutamente fiel, a ponto dele mesmo divulgar o seu negócio. A marca, nesse momento, é a peça principal para se vender algo, pois muito além de produtos ou serviços, o que compramos são marcas.
O design estratégico é importante para a empresa, pois auxilia na diferenciação dos concorrentes. Por este motivo, a marca precisa estabelecer uma identidade com o seu público alvo. Através de um símbolo, de um logotipo, da tipografia ou das cores, a marca transmite cultura, valores, princípios e política de uma corporação. A identidade de uma empresa, corretamente desenvolvida, com a devida aplicação gráfica, traz benefícios significativos, tanto no âmbito interno (organizacional) como no externo, durante o processo de fixação da imagem no mercado. Ou seja, nasce aí a “personalidade” de uma empresa. O varejo é a materialização para as promessas da comunicação de uma empresa.
As cores, a iluminação, o layout e a exposição criam efeitos psicológicos de credibilidade e preço, destacando o produto e estimulando, ou não, a permanência e o interesse do consumidor no ponto de venda. Outro fato primordial é o cuidado que se deve ter com a embalagem, pois cabe a ela também, transmitir ao consumidor a qualidade do produto e o posicionamento dessa marca no varejo.
Por este motivo, o gestor do negócio, quando possível, deve procurar um profissional capacitado para esta atividade, seja um designer de interiores, gráfico ou de produto, para implantar a estratégia ideal para o seu PDV e, assim, encantar o seu consumidor. O mais importante é a identificação do consumidor alvo da loja. Isso vai definir a linha de produto, a forma de exposição desses itens, o design de interiores, a tecnologia necessária e o tipo de atendimento.
Através de uma política de design, o ponto de venda coordena a identidade de uma marca, sua aplicação nos papéis administrativos e institucionais, seus produtos e comunicações, ambientes e serviços, embalagens, sinalizações, websites, uniformes e frotas e ainda, em qualquer elemento que a empresa desejar estabelecer para a realização de uma interface com o seu mercado alvo.
O consumidor de hoje sabe o que quer e está disposto a pagar mais pelos benefícios recebidos e transmitidos pela marca. “O negócio é gerar emoção para gerar mais negócio”. O design estratégico é uma importante ferramenta para a busca desta emoção, pois apresenta o diferencial e gera resultados.
Como aponta Marc Gobé em seu livro A Emoção das Marcas, ”criar uma marca emocional é como construir relacionamentos; significa proporcionar a uma marca e a um produto um valor de longo prazo; diz respeito a experiências sensoriais, designs que fazem você sentir o produto, que fazem você saborear e comprar o produto.”